Reabilitação vs Regeneração Urbana
Há certos verbos transitivos que sendo utilizados de uma forma direta dispensam o uso de
proposições, não nos referimos neste sentido à construção frásica no seu sentido linguístico, mas
à construção de significados e de extensibilidades que os verbos referenciados implicam quando
interrelacionados com o conceito de urbano.
Sobre este tema muito se escreveu e decerto se escreverá, neste pequeno ensaio excluem-se
pretensões de o rever de um único modo, interessa-nos refletir sobre a polissémica relação que
ambas palavras traduzem.
Á primeira leitura a concordância é evidente e integrável conscientemente no senso comum,
objetivamente e subjetivamente.
Vejamos, se no primeiro caso podemos relacionar diretamente o termo com o objeto ou a
matéria, ao qual corresponde um programa uma intenção especifica, no segundo caso, poderemos
corresponder esse termo à reação explicita ou premeditada dessa mesma intenção.
Quero isto dizer que ambos os termos reabilitação e regeneração estarão diretamente ligados,
mesmo que a sua proposição tenha correspondido a uma intenção programática, ou uma simples
reação a um programa especifico.
Poderá ainda especificar-se este raciocínio com uma linguagem matemática, lógica e abstrata,
através de uma equação algébrica, por exemplo R ≠ R , em que ambos os termos se podem
equiparar, igualar ou simplesmente anularam-se.
No entanto, é sobre o espaço de tempo entre ambos que nos interessa refletir, nas possíveis
conexões concetuais que podem advir dessa relação, passando desta forma de uma equação
formal para uma função polinomial tipo f : R R , independente do grau da função ou das suas
variáveis.
Este discurso lógico pretende de alguma forma clarificar, os possíveis contornos de um processo
de reabilitação, que deve inicialmente e pela ótica do projeto de arquitetura desenvolver, a
consciência do valor da reabilitação como fator de desenvolvimento.
Em parte tem sido os arquitetos os responsáveis por este processo de correlação, em alguns casos
sem a necessária reflexão, devido a um conjunto de fatores que se imiscuem no ato de conceção,
tais como: a definição do programa, o tempo despendido para a execução dessa proposta ou a
prévia nebulosidade ou falta de visão estratégica que os dois termos circunscrevem.
Inevitavelmente a reação que referimos acaba por acontecer no próprio processo de reabilitação,
um processo que alberga per si um conjunto de alterações, nomeadamente de usos, mas também
de transformações de cariz social ou económico no contexto urbano no qual se insere.
Falamos obviamente na intervenção do espaço urbano, no espaço da cidade (publico e privado) e
nas responsabilidades dos seus interlocutores na procura das possíveis respostas que podem
alavancar um processo de revitalização de recuperação do lugar.
Este presume-se que seja o primeiro processo, a consciencialização de que se terá de pensar
modelos progressivos e de posicionarmos estratégias consistentes que facilitem e consolidem esse
processo de transformação.
É sobre as novas tendências, as novas condições de habitabilidade, as novas formas de consumo e
mobilidade que se deve direcionar a proposta de intervenção, incluindo o lugar cultural e natural,
o lugar da pré-existência e a sua relação topofílica.
Parece ser uma relação complexa mas não quer dizer que seja mais complicada, repetindo um
pouco o sentido que se coloca na ambivalência do texto, será através da consolidação de uma
consciência dos diferentes sentidos das palavras que conseguiremos ver com mais clareza, que
poderemos ser capazes de reinventar e sustentar alternativas consistentes e melhorar
consecutivamente as propostas de intervenção, desde a sua génese (programa), à sua conceção e
obviamente no resultado final obtido.
Tentamos exemplificar o que se descreve através do projeto de reabilitação de uma unidade de
confeção desativada para Centro de Criatividade em Castelo Branco (2015-2019), situada num
bairro de características operárias designado pelo Bairro do Cansado, cujo o desenho urbano se
rege pela tipologia de implantação do edifício e pela relação cartesiana que define com eixo da
alameda da Igreja.
Um projeto que precedeu a um programa estratégico do Município, que pretendeu polarizar e
promover outros pontos culturais e de interesse da cidade (ver imagem 1), que definia como
objetivo a revitalização de um dos bairros mais antigos da cidade.
Um processo que de alguma forma cumpriu essa função, quer pela inserção de novos usos, quer
pela nova atratividade gerada, quer ainda pelas novas oportunidades estabelecidas.
Há certos verbos transitivos que sendo utilizados de uma forma direta dispensam o uso de proposições, não nos referimos neste sentido à construção frásica no seu sentido linguístico, mas à construção de significados e de extensibilidades que os verbos referenciados implicam quando interrelacionados com o conceito de urbano.
Sobre este tema muito se escreveu e decerto se escreverá, neste pequeno ensaio excluem-se pretensões de o rever de um único modo, interessa-nos refletir sobre a polissémica relação que ambas palavras traduzem.
Á primeira leitura a concordância é evidente e integrável conscientemente no senso comum, objetivamente e subjetivamente.
Vejamos, se no primeiro caso podemos relacionar diretamente o termo com o objeto ou a matéria, ao qual corresponde um programa uma intenção especifica, no segundo caso, poderemos corresponder esse termo à reação explicita ou premeditada dessa mesma intenção.
Quero isto dizer que ambos os termos reabilitação e regeneração estarão diretamente ligados, mesmo que a sua proposição tenha correspondido a uma intenção programática, ou uma simples reação a um programa especifico.
Poderá ainda especificar-se este raciocínio com uma linguagem matemática, lógica e abstrata, através de uma equação algébrica, por exemplo R ≠ R , em que ambos os termos se podem equiparar, igualar ou simplesmente anularam-se.
No entanto, é sobre o espaço de tempo entre ambos que nos interessa refletir, nas possíveis conexões concetuais que podem advir dessa relação, passando desta forma de uma equação formal para uma função polinomial tipo f : R R , independente do grau da função ou das suas variáveis.
Este discurso lógico pretende de alguma forma clarificar, os possíveis contornos de um processo de reabilitação, que deve inicialmente e pela ótica do projeto de arquitetura desenvolver, a consciência do valor da reabilitação como fator de desenvolvimento.
Em parte tem sido os arquitetos os responsáveis por este processo de correlação, em alguns casos sem a necessária reflexão, devido a um conjunto de fatores que se imiscuem no ato de conceção, tais como: a definição do programa, o tempo despendido para a execução dessa proposta ou a prévia nebulosidade ou falta de visão estratégica que os dois termos circunscrevem.
Inevitavelmente a reação que referimos acaba por acontecer no próprio processo de reabilitação, um processo que alberga per si um conjunto de alterações, nomeadamente de usos, mas também de transformações de cariz social ou económico no contexto urbano no qual se insere.
Falamos obviamente na intervenção do espaço urbano, no espaço da cidade (publico e privado) e nas responsabilidades dos seus interlocutores na procura das possíveis respostas que podem alavancar um processo de revitalização de recuperação do lugar.
Este presume-se que seja o primeiro processo, a consciencialização de que se terá de pensar modelos progressivos e de posicionarmos estratégias consistentes que facilitem e consolidem esse processo de transformação.
É sobre as novas tendências, as novas condições de habitabilidade, as novas formas de consumo e mobilidade que se deve direcionar a proposta de intervenção, incluindo o lugar cultural e natural, o lugar da pré-existência e a sua relação topofílica.
Parece ser uma relação complexa mas não quer dizer que seja mais complicada, repetindo um pouco o sentido que se coloca na ambivalência do texto, será através da consolidação de uma consciência dos diferentes sentidos das palavras que conseguiremos ver com mais clareza, que poderemos ser capazes de reinventar e sustentar alternativas consistentes e melhorar consecutivamente as propostas de intervenção, desde a sua génese (programa), à sua conceção e obviamente no resultado final obtido.
Tentamos exemplificar o que se descreve através do projeto de reabilitação de uma unidade de confeção desativada para Centro de Criatividade em Castelo Branco (2015-2019), situada num bairro de características operárias designado pelo Bairro do Cansado, cujo o desenho urbano se rege pela tipologia de implantação do edifício e pela relação cartesiana que define com eixo da alameda da Igreja.
Um projeto que precedeu a um programa estratégico do Município, que pretendeu polarizar e promover outros pontos culturais e de interesse da cidade (ver imagem 1), que definia como objetivo a revitalização de um dos bairros mais antigos da cidade.
Um processo que de alguma forma cumpriu essa função, quer pela inserção de novos usos, quer pela nova atratividade gerada, quer ainda pelas novas oportunidades estabelecidas.
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